BNDES lucra R$5,5 bilhões até março…

BNDES lucra R$ 5,5 bilhões até março e apresenta medidas emergenciais que ajudaram empresas onde trabalham 2,2 milhões de pessoas

Resultado positivo do primeiro trimestre foi 4,6 vezes o do  trimestre anterior, principalmente pela venda de ações

Medidas emergenciais crescem puxadas principalmente por crédito para giro e suspensão de pagamentos e novas estão surgindo

Apoio do Banco viabiliza entrega de mais de 3 mil leitos, 500 mil testes e 1.500 monitores

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre de 2020. O desempenho foi apresentado nesta sexta-feira, 15, com um balanço das medidas emergenciais criadas para enfrentar a crise decorrente da pandemia do COVID-19, que ajudaram empresas onde trabalham 2,2 milhões de pessoas. O lucro do banco de janeiro a março é atribuído principalmente ao resultado de R$ 8,5 bilhões com participações societárias, dos quais R$ 8,1 bilhões decorreram dos desinvestimentos realizados no período, com destaque para a oferta pública de ações da Petrobras, em fevereiro. Esse efeito foi atenuado pela constituição de provisão para risco de crédito de R$ 1,7 bilhão, influenciada pela revisão das classificações de risco de empresas dos setores mais afetados pela pandemia do COVID-19.

O lucro com intermediação financeira, ou seja, com os financiamentos feitos pelo BNDES, atingiu R$ 4,1 bilhões, o que equivale a um aumento de 10,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2019. Mesmo com o cenário de menor demanda por empréstimos no período, houve resultado positivo com disponibilidades no exterior.

Ativos – O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 718,3 bilhões em 31 de março de 2020, apresentando queda de R$ 9,9 bilhões (-1,4%) no trimestre.

A redução da carteira de participações societárias para R$ 59,2 bilhões (ante R$ 111,9 bilhões no fechamento de 2019) reflete em parte a estratégia de desinvestimento (vendas de R$ 23,8 bilhões) e também os movimentos recentes do mercado, que levaram à desvalorização dos investimentos em empresas não coligadas (redução de R$ 28,8 bilhões).

A carteira de crédito líquida somou R$ 442,1 bilhões no encerramento do trimestre, representando 61,6% dos ativos totais e apresentando variação positiva de 0,7% em relação ao fechamento de 2019, quando totalizava R$ 441,8 bilhões.

A inadimplência (atrasos superiores a 90 dias), desconsiderando operações com honra da União, recuou de 0,84% em 31 de dezembro de 2019 para 0,37% em 31 de março, abaixo do índice do Sistema Financeiro Nacional (3,17%).

Fontes de recursos – O FAT se manteve como principal fonte de recursos do BNDES. No trimestre, ingressaram R$ 4,46 bilhões do FAT Constitucional e o volume de recursos do fundo com o Banco totalizou R$ 298,34 bilhões em 31 de março de 2020.  Junto com o PIS-Pasep, o FAT respondia por 44,4% das fontes de recursos do Banco. O passivo com captações externas totalizou R$ 36,263 bilhões em 31 de março, acréscimo de 26,1% no trimestre, em função, principalmente, de efeito cambial.

Já o Tesouro Nacional encerrou o trimestre respondendo por 27,7% das fontes de recursos do BNDES. O valor devido pelo BNDES ao Tesouro se manteve estável, atingindo R$ 199,29 bilhões em 31 de março. No trimestre, os pagamentos ordinários totalizaram R$ 3,8 bilhões e não houve liquidações antecipadas.

Patrimônio – O patrimônio de referência, base para o cálculo dos limites prudenciais estabelecidos pelo Banco Central, totalizou R$ 167,014 bilhões em 31 de março (ante R$ 191,684 bilhões em 31 de dezembro de 2019).

O Índice de Basileia encerrou o primeiro trimestre em 35,4%, enquanto o Índice de Capital Principal (Basileia III) foi de 25,4%, níveis bastante confortáveis em relação aos 9,25% e 5,75% exigidos, respectivamente, pelo Banco Central, conforme a resolução 4783 de 16 de março deste ano*.

As demonstrações financeiras do BNDES e suas subsidiárias estão disponíveis no Portal de Relações com Investidores do BNDES.

Atuação contra a COVID-19 – Além dos resultados financeiros, o BNDES apresentou um balanço de suas ações emergenciais de combate à COVID-19, anunciadas em 22 de março. As iniciativas buscam buscam preservar as atividades econômicas das empresas durante esse período, incluindo pequenas e médias empresas, além de investimentos no  setor de saúde. Em todas as suas ações emergenciais, o BNDES já soma R$ 13 bilhões em aprovações, apoiando empresas que empregam 2,2 milhões de pessoas.

Em menos de dois meses, 19 mil clientes já solicitaram a suspensão temporária de pagamentos de financiamentos junto ao BNDES, totalizando R$ 8,7 bilhões. Estima-se que essas empresas empreguem 1,62 milhão de pessoas.

Já a linha de capital de giro para micro, pequenas e médias empresas totaliza R$ 2,3 bilhões em aprovações. Por sua vez, o programa para financiamento da folha de pagamentos de pequenas e médias empresas contabiliza 73 mil operações aprovadas, totalizando R$ 1,6 bilhão.

Estima-se que o apoio dessa linha tenha contribuído para o pagamento do salário de 460,5 mil pessoas.

Até o momento, o programa emergencial que tem como foco a ampliação imediata de leitos, além de materiais e equipamentos médicos, aprovou R$ 198,2 milhões, que viabilizarão a entrega de 3.126 leitos, 500 mil novos testes rápidos de COVID-19 e 1.500 novos monitores.

A essas iniciativas se somam às seguintes, que já estão em curso:

  • transferência realizada pelo BNDES de R$ 20 bilhões do PIS-Pasep para o FGTS;
  • Matchfunding Salvando Vidas (www.benfeitoria.com/salvandovidas), ação de financiamento coletivo que já arrecadou R$ 9 milhões (metade desse valor aportado pelo BNDES) para compra de materiais, insumos e equipamentos para Santas Casas e hospitais filantrópicos;
  • chamada pública para seleção de fundos (com aporte total de até R$ 4 bilhões do BNDES) com a finalidade de ampliar o acesso de micro e pequenas empresas ao crédito, por meio de canais não bancários, como fintechs e empresas de gestão de pagamentos por meio de máquinas eletrônicas.

O acompanhamento das medidas emergenciais de combate aos efeitos da crise provocada pela pandemia pode ser feito por meio da página BNDES contra coronavírus.

Banco de Serviços – Mesmo com a ação contracíclica do BNDES por conta da crise, o Banco segue com seu papel estruturante de viabilizar bons projetos de infraestrutura. Quatro novos mandatos de desestatização, formalizados no primeiro trimestre de 2020, elevaram a expectativa de investimento total na economia brasileira para R$ 188 bilhões (frente a R$ 176 bilhões no fechamento de 2019), distribuídos entre as 57 iniciativas da “fábrica de projetos” do BNDES. No caso de saneamento, a expectativa é que os projetos beneficiem 25 milhões de pessoas e gerem investimentos da ordem de R$ 52 bilhões.

Plano Trienal –  De janeiro a março de 2020 a atuação do BNDES no setor de educação básica ou profissionalizante deve beneficiar 64 mil alunos em municípios dos estados de Tocantins, Pará, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná, o que corresponde a 64% da meta estabelecida para 2020 e 6,4% da estabelecida pelo Plano Trienal até 2022.

Outro destaque do Plano Trienal é o investimento em energias renováveis. Até abril, o Banco já financiou a geração de 360 MW, 72% da meta para o ano e 18% da meta para 2022. No campo da saúde, até março, o BNDES realizou a entrega de uma unidade que atende ao SUS. A meta é que esse número chegue a 30 até o fim deste ano e 150 em 2022.

* Percentuais válidos a partir de 01/04/2020. Limites mínimos anteriores eram, respectivamente, de 10,5% e 7%.

Fonte: BNDES

BNDES registra lucro líquido de R$ 4,76 bilhões no semestre

Resultado bruto com participações societárias atingiu R$ 4,10 bilhões e influenciou positivamente o resultado 

Inadimplência de mais de 90 dias caiu de 2,08% em dezembro de 2017 para 1,45% em junho de 2018, abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional (3,06%)

Boa qualidade da carteira se manteve: 97,5% das operações estão entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco e acima da média do SFN (90,2%)

letreiro do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 4,76 bilhões no primeiro semestre de 2018, um crescimento de 253,9% diante do mesmo semestre de 2017. O lucro do semestre é explicado por resultado bruto de intermediação financeira de R$ 6,5 bilhões, afetado pela redução de R$ 4,69 bilhões (98,3%) da despesa com provisão para risco de crédito, e resultado bruto com participações societárias em R$ 4,10 bilhões (189,3%).

Participações Societárias – O desempenho positivo com participações societárias de todo o Sistema BNDES (incluindo BNDESPAR) entre janeiro e junho deste ano refletiu o crescimento de R$ 2,28 bilhões (312,6%) do resultado com alienações de investimentos, com destaque para a alienação de ações de Petrobras e Eletropaulo.

Também contribuiu com o resultado a reversão de perdas por impairment de R$ 467 milhões, tendo registrado despesa de R$ 355 milhões no primeiro semestre de 2017. Após as alienações, o percentual de participação do Sistema BNDES na Petrobras passou a 15,24%, ante 16,54% em dezembro de 2017.

A carteira de participações societárias (participações em sociedades coligadas e não coligadas + fundos de investimento de renda variável) atingiu R$ 85,64 bilhões ao final do semestre, um crescimento de R$ 3,83 bilhões (4,7%) decorrente da valorização, da ordem de R$ 8,11 bilhões, da carteira de participações em sociedades não coligadas, especialmente dos investimentos na Petrobras, Vale e Suzano Papel e Celulose.

Provisão – A ausência de necessidade de constituição de provisão para risco de crédito, ao contrário do que havia sido observado no primeiro semestre do ano anterior, culminou na redução dessa despesa, que passou de R$ 4,77 bilhões no primeiro semestre de 2017 para R$ 81 milhões entre janeiro e junho de 2018.

Intermediação – O resultado bruto de intermediação financeira apresentou redução de R$ 1,80 bilhão (21,6%) entre os semestres devido ao declínio do volume e da rentabilidade da carteira de crédito e da queda da rentabilidade da carteira de títulos e valores mobiliários acompanhando a redução das taxas médias de mercado.

Ativo – O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 834,46 bilhões ao final do semestre, redução de R$ 33,06 bilhões (3,8%), provocada principalmente pelo pagamento antecipado de R$ 60,14 bilhões em dívidas com o Tesouro Nacional.

A carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, representou 62,2% dos ativos totais em junho, e registrou declínio de R$ 29,11 bilhões (5,3%) no semestre em razão, basicamente, do volume de liquidações, que superou o volume de desembolsos em R$ 56,67 bilhões.

A boa qualidade da carteira se manteve, com a concentração de 95,7% das operações entre os níveis de risco AA e C, considerados de baixo risco, percentual superior à média de 90,2% do Sistema Financeiro Nacional (SFN), divulgada em março.

Inadimplência – A inadimplência acima de 90 dias apresentou queda no semestre, passando de 2,08% em dezembro, para 1,45% em junho de 2018, inferior à do SFN (3,25% em dezembro e 3,06% em junho 2018).

Desconsideradas as operações cujas prestações são integralmente honradas pela União, o índice de inadimplência do BNDES seria de 0,18% (90 dias).

O índice de renegociação, que compreende as operações de crédito renegociadas nos últimos 12 meses, cresceu de 3,62% em 31 de dezembro de 2017, para 4,80% em 30 de junho de 2018, sobretudo pelas renegociações de dívidas dos Estados ao amparo da Lei Complementar 156/2016.

Funding – Ao final do primeiro semestre, Tesouro Nacional e FAT/PIS-PASEP representavam 44,1% e 33,7%, respectivamente, das fontes de recursos do BNDES. Por conta do pagamento antecipado de R$ 60,1 bilhões feito ao Tesouro durante o semestre, a dívida com o TN recuou 11,6% e encerrou o trimestre em R$ 367,72 bilhões.

No semestre, ingressaram R$ 8,5 bilhões de recursos do FAT Constitucional, e o saldo total com FAT em junho ficou em R$ 261,73 bilhões. O passivo com o Fundo PIS-PASEP totalizou R$ 19,79 bilhões ao final do semestre, redução de 28,6% na comparação com dezembro de 2017, devido à liquidação antecipada de R$ 8,82 bilhões.

Patrimônio Líquido – O Patrimônio Líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 71,49 bilhões no semestre, um crescimento de R$ 8,65 bilhões (13,8%) em relação a dezembro, explicado pelo lucro líquido de R$ 4,76 bilhões apurado no semestre e pelo efeito da valorização da carteira de ações de R$ 3,13 bilhões, líquida de tributos.

Limites Prudenciais – Base para o cálculo dos limites prudenciais estabelecidos pelo BACEN, o Patrimônio de Referência alcançou R$ 158 bilhões no primeiro semestre. Os limites prudenciais do BNDES se mantiveram acima dos limites mínimos exigidos pelo BACEN, apresentando, ainda, melhora diante de dezembro de 2017.

O índice de Basileia passou de 27,51% ao final de 2017, para 29% em 30/06/18, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central, principalmente pelo aumento do patrimônio de referência (R$ 146,37 bilhões em 31 de dezembro de 2017 para R$ 158,06 bilhões em junho de 2018).

Os índices de Capital Nível I e Capital Principal também apresentaram crescimento no semestre, passando de 18,34% em 31/12/17 para 19,33% em 30/06/18, acima dos 7,875% e 6,375% exigidos pelo BACEN, respectivamente.

BNDESPAR – A BNDESPAR, subsidiária integral de participações do BNDES, registrou lucro líquido ajustado pelos ganhos com alienações de R$ 3,81 bilhões no 1º semestre de 2018, ante o resultado de R$ 1,25 bilhão no mesmo semestre de 2017. O acréscimo de 204,7% é explicado principalmente pelo resultado com alienações de participações societárias de R$ 4,1 bilhões entre janeiro e junho deste ano, ante R$ 1,23 bilhão no mesmo semestre de 2017.

Os principais desinvestimentos realizados pela BNDESPAR foram a alienação de ações da Petrobras e da integralidade das ações da Eletropaulo, que, juntas, responderam por 97% do resultado com alienações. Consequentemente, o percentual de participação da BNDESPAR no capital total da Petrobras ficou em 8,37% (15,24% quando considerada a participação total das empresas do Sistema BNDES).

As demonstrações financeiras consolidadas do BNDES e da BNDESPAR e o Relatório da Administração do BNDES para o semestre encerrado em 30 de junho de 2018 estão disponíveis no Portal de Relações com Investidores do BNDES.

BNDES aprova R$ 20 milhões para microcrédito em SC e PB e alavanca R$ 6,25 bi para microempreendedores

BNDES aprova R$ 20 milhões para microcrédito em SC e PB e alavanca R$ 6,25 bi para microempreendedores – BNDES

Desde 2005, foram realizadas mais de um milhão e seiscentas mil operações no valor de até R$ 20 mil. Considerado o efeito multiplicador na ponta, o giro é de R$ 6,25 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou duas operações no âmbito do programa BNDES Microcrédito, ambas no valor de R$ 10 milhões, sendo uma para o Instituto Estrela de Fomento ao Microcrédito (Patos/PB) e outra para a Instituição de Crédito Solidário – Credisol (Criciúma/SC).

Com as operações, o BNDES alcançou a marca de R$ 1,13 bilhão desembolsados para o microcrédito produtivo desde 2005, com efeito multiplicador, na ponta, de R$ 6,25 bilhões. Os recursos, concedidos por meio do produto BNDES Microcrédito, permitiram a realização de 1,63 milhão de operações, no valor de até R$ 20 mil, com juros de até 4% ao mês, beneficiando centenas de milhares de microempreendedores em todo o Brasil.

Paraíba – Fundado em 2005, o Instituto Estrela é uma associação civil sem fins lucrativos com sede em Patos (PB) e atua em 64 municípios do interior paraibano. Em 2017, a instituição emprestou cerca de R$ 34 milhões e realizou mais 4 mil operações de microcrédito, utilizando a metodologia de grupos de aval solidário. Com isso, atendeu mais de 13 mil empreendedores.

Criciúma – A Credisol, fundada em 1999 com o apoio da Agência de Fomento de Santa Catarina S.A. – BADESC, é uma associação civil sem fins lucrativos com sede em Criciúma (SC) e atua em 27 municípios do extremo sul catarinense. Em 2017, a instituição emprestou cerca de R$ 31 milhões e realizou mais 6 mil operações de microcrédito. A Credisol não utiliza a metodologia de grupos de aval solidário, tendo atendido cerca de 6 mil empreendedores.

Microcrédito – O BNDES Microcrédito financia capital de giro e investimentos produtivos de atividades de pequeno porte, como obras civis e compra de máquinas, equipamentos, insumos e materiais. O produto é voltado para trabalhadores formais e informais, inclusive Microempreendedores Individuais (MEIs), como costureiros, pipoqueiros, borracheiros, cabeleireiros, jornaleiros, marceneiros, artesãos etc.

Os recursos são repassados aos microempreendedores por meio de agentes operadores habilitados como Instituições do Microcrédito Produtivo Orientado (IMPO). Com tíquete médio por operação de R$ 3,8 mil e taxa de inadimplência inferior a 5%, o BNDES Microcrédito é um importante instrumento de inclusão produtiva e suporte financeiro aos pequenos negócios.

O custo financeiro do empréstimo ao microempreendedor varia de acordo com o tipo de agente operador, limitado ao teto de 4% ao mês, mais uma Taxa de Abertura de Crédito de até 3% do valor do financiamento.

Quem pode obter – Os recursos podem ser obtidos por microempresas ou microempreendedores individuais de atividades de pequeno porte com faturamento de até R$ 360 mil. Os recursos para os microempreendedores finais são captados pelos agentes operadores por meio de operações de crédito com o BNDES, no valor mínimo de R$ 1 milhão.

Repassadores – Os agentes operadores do BNDES Microcrédito podem ser de dois tipos: 1º e 2º piso, conforme a forma de operação. Os de 2º piso são instituições financeiras, públicas e privadas, que captam os recursos do BNDES para os agentes repassadores (de 1º piso), as Instituições de Microcrédito Produtivo Orientado (IMPO), que mantêm contato direto com o microempreendedor.

Os agentes repassadores do BNDES Microcrédito podem ser agências de fomento, bancos comerciais, cooperativas centrais de crédito, cooperativas singulares de crédito, bancos cooperativos, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Sociedades de Crédito ao Microempreendedor (SCM). A lista de agentes está disponível no Portal BNDES nos links: https://bit.ly/2INZ7oL (1º piso) e https://bit.ly/2tRpMfz (2º piso).

Instituições de microcrédito que desejem ser agentes repassadores do BNDES Microcrédito podem solicitar financiamento a partir de R$ 1 milhão. Para isso, precisam estar habilitadas perante o Ministério do Trabalho, no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), lançado em 2005.

Fonte: BNDES

BNDES assina contrato de R$ 140 milhões com o Ibama para apoiar fiscalização na Amazônia

BNDES assina contrato de R$ 140 milhões com o Ibama para apoiar fiscalização na Amazônia – BNDES

Documento foi assinado em cerimônia nesta quinta, 5, em Brasília

Recursos do Fundo Amazônia vão garantir apoio logístico às ações de fiscalização na Amazônia Legal

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou nesta quinta-feira, 5, na sede do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, contrato de financiamento no valor R$ 140,3 milhões com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os recursos são do Fundo Amazônia, coordenado pelo MMA e gerido pelo BNDES, e irão apoiar as atividades do Ibama de fiscalização ambiental e controle do desmatamento na Amazônia Legal por 36 meses, a partir de maio de 2018.

Participaram da cerimônia de assinatura a diretora de Gestão Pública e Sociambiental do BNDES, Marilene Ramos, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho e a presidente do Ibama, Suely Araújo. Os recursos do Fundo Amazônia serão utilizados no financiamento de meios de transporte para a realização das atividades de fiscalização em campo na região amazônica, como aluguel de veículos pick-ups 4×4 e fretamento de helicópteros.

As atividades apoiadas serão concentradas nas regiões que sofrem maior pressão de desmatamento, conforme alertas emitidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (DETER), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre outros.

Continuidade – O contrato firmado nesta quinta-feira garante a continuidade do apoio do Fundo Amazônia às atividades do Ibama de fiscalização e controle de desmatamento na Amazônia Legal. No final de 2016, um primeiro contrato com o mesmo objetivo já havia sido assinado entre o BNDES e o Ministério do Meio Ambiente. Com valor de R$ 56,3 milhões e prazo de 15 meses, esse financiamento viabilizou a realização de mais de 460 ações de fiscalização e resultou na aplicação de mais de 5 mil autos de infração até o final de 2017. O período de aplicação dos recursos coincidiu com uma redução de 16% no desmatamento observado na Amazônia após dois anos seguidos de aumento.

Fonte: BNDES

BNDES lança prêmio para valorizar práticas agrícolas tradicionais do Brasil

 

Objetivo é ajudar os sistemas agrícolas tradicionais brasileiros a concorrerem a título internacional de reconhecimento da FAO

Anúncio do prêmio será nesta terça, 12, durante o 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia, em Brasília

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http://agroecologia2017.com

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anuncia nesta terça-feira, 12, uma iniciativa que irá contribuir para que as práticas de agricultura tradicional do Brasil concorram, pela primeira vez, a um importante reconhecimento internacional da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Em parceria com a FAO, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), será anunciado, em cerimônia no 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia (Agroecologia 2017), em Brasília, o Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais.

Até quinze Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) brasileiros receberão prêmios em dinheiro, capacitação da Embrapa e orientação para se candidatarem a receber o título de “Sistema Agrícola Tradicional Globalmente Importante” (Globally Important Agricultural Heritage System, GIAHS).

A FAO já concedeu o título de GIAHS a 36 sistemas agrícolas históricos de 17 países, mas o Brasil ainda não foi contemplado. Os países que já têm GIAHS são Chile, Peru, México, Argélia, Irã, Marrocos, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Egito, Quênia, Tanzânia, Filipinas, China, Bangladesh, Índia, Japão e Coreia do Sul.

Um Sistema Agrícola Tradicional é definido como um conjunto de elementos que inclui saberes, mitos, formas de organização social, práticas, produtos, técnicas/artefatos e outras manifestações associadas. Eles formam sistemas culturais que envolvem espaços, práticas alimentares e agroecossistemas manejados por povos e comunidades tradicionais e por agricultores familiares. Os SATs integram o patrimônio cultural imaterial das comunidades que os praticam.

Para essa iniciativa, o BNDES disponibilizará recursos de seu Fundo Social para dar prêmios de R$ 70 mil a 5 SATs, e R$ 50 mil a outros 10 SATs. Além disso, todos os premiados receberão uma ajuda de R$ 5 mil para participar cerimônia de premiação, que contará com um Evento de Capacitação da Embrapa, para ajudar as comunidades a manter suas tradições agrícolas.

De acordo com o Relatório sobre o Estado dos Recursos Genéticos de Plantas do Mundo, apresentado durante a 4ª Conferência Técnica Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos, realizada em 1996 em Leipzig, na Alemanha, nos últimos 100 anos agricultores de todo o mundo perderam entre 90% e 95% de suas variedades e práticas agrícolas.

O edital com as regras do Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais será publicado na quarta-feira, 13, no site do BNDES.

Fonte: BNDES

Crédito do BNDES para máquinas e equipamentos sobe 90% em julho

Crédito do BNDES para máquinas e equipamentos sobe 90% em julho – BNDES

Finame, linha de financiamento para bens de capital, desembolsa R$ 11 bilhões nos sete primeiros meses de 2017, alta de 10%

Linha de capital de giro BNDES Progeren cresce 360% e atinge R$ 4 bilhões liberados este ano

Aprovações para Infraestrutura sobem 27% no acumulado de 2017

Demanda por crédito para investimentos cresce nas consultas de setores como Química e Petroquímica (61%) e Mecânica (37%)

BNDES - imagem ilustrativa

Os desembolsos do BNDES para o financiamento de máquinas e equipamentos aceleraram em julho, resultando numa alta de 10% dos desembolsos da Finame, linha de crédito para bens de capital, no acumulado dos sete primeiros meses do ano. Foram R$ 11 bilhões liberados nessa linha entre janeiro e julho por meio de mais de 38,5 mil operações. Somente em julho, a Finame desembolsou R$ 2,3 bilhões, o que representou um crescimento de quase 90% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O desembolso mensal da Finame vem acelerando desde maio, quando registrou a primeira alta (11%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior desde setembro de 2014. Em junho, as liberações da Finame subiram 28% na comparação com junho do ano passado. A alta de 90% em julho confirma a tendência de aceleração.

No acumulado do ano até julho, a Finame aprovou outros R$ 12,6 bilhões, montante 35% acima dos R$ 9,3 bilhões registrados no mesmo período de 2016. As aprovações da Finame refletem os investimentos de curto prazo prestes a ingressar na economia, já que a contratação e o desembolso ocorrem, em média, em menos de duas semanas.

Capital de giro – A linha de financiamento de capital de giro BNDES Progeren alcançou a marca de R$ 4 bilhões desembolsados este ano, alta de 360% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado em 12 meses, a linha criada para suprir a carência de capital de curto prazo das empresas desembolsou R$ 5,8 bilhões, ajudando a preservar atividades e empregos em meio ao cenário econômico adverso. O montante é 224% maior do que o emprestado no período imediatamente anterior (entre agosto de 2015 e julho de 2016).

Dados agregados – Os desembolsos do BNDES nos sete primeiros meses deste ano somaram R$ 40,2 bilhões. Ainda refletindo o quadro econômico de baixa demanda por crédito para investimentos dos últimos dois anos, o resultado representa um recuo de 17% em relação ao registrado no mesmo período de 2016. Apenas em julho, o BNDES desembolsou R$ 6,7 bilhões, redução de 21% em relação ao mesmo mês de 2016.

É importante observar que os desembolsos retratam a demanda do passado, uma vez que a tramitação dos pedidos de financiamento direto ao BNDES apresentados como consultas pode levar mais de um ano nas fases de enquadramento, aprovação e contratação. Os sinais de recuperação da atividade econômica no país em meio à redução das expectativas de mercado para as taxas de juros no fim deste e do próximo ano com a inflação sob controle influenciam a decisão de investimento. Com isso, a expectativa é de recuperação gradual da demanda por recursos do BNDES até o fim do ano.

Nesse sentido, observa-se menor recuo nas consultas (-12%), que funcionam como o melhor termômetro das intenções de investimento por se tratar da etapa inicial da tramitação dos pedidos de empréstimos ao BNDES, em comparação com os enquadramentos (-14%), aprovações (-18%) e desembolsos (-17%). A Agropecuária sobressai com consultas no valor total de R$ 9,6 bilhões no acumulado deste ano até julho, alta de 15% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A demanda por crédito para investimento é ainda mais forte nas consultas dos segmentos industriais de Química e Petroquímica (61%) e Mecânica (37%).

MPMEs – A maior parte dos empréstimos liberados por meio da Finame e da BNDES Progeren foram para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Na linha para bens de capital, 61,1% do total desembolsado foi para esse segmento. Na de capital de giro, essa participação chegou a 84,2%. O desempenho das duas linhas, cujos créditos são repassados por agentes financeiros em operações indiretas, contribuiu para a manutenção de participação significativa de MPMEs no desembolso total do BNDES. De tudo o que foi emprestado pelo Banco nos sete primeiros meses de 2017, 40% foram para esse segmento, refletindo uma série de iniciativas para aumentar a capilaridade do crédito, como a criação do Canal do Desenvolvedor MPME.

Na distribuição regional, o volume de recursos liberados pelo BNDES para projetos no Centro-Oeste e no Nordeste aumentaram 16% e 15%, respectivamente. A retração dos desembolsos foi concentrada nas regiões Sudeste (-32%), Sul (-20%) e Norte (-12%).

Entre os setores, o de Agropecuária foi o único com expansão nos desembolsos, de 6%. Foram R$ 8,1 bilhões liberados nos primeiros sete meses do ano, refletindo os programas agrícolas do Governo Federal e a demanda por investimentos gerada pela safra recorde. No mesmo período, as liberações para Infraestrutura caíram 5% na comparação com janeiro a julho de 2016, mas houve forte expansão nos setores de Telecomunicações (88%) e Energia Elétrica (51%). Comércio e Serviços e Indústria tiveram retração mais severa: 17% e 41%, respectivamente.

Aprovações para Infraestrutura – O setor de Infraestrutura foi o destaque das aprovações do BNDES, com alta de 27% entre janeiro e julho na comparação com o mesmo período de 2016. Foram R$ 16,4 bilhões aprovados este ano. A maior influência foi do segmento de Energia Elétrica, que ficou com pouco mais de R$ 10 bilhões em projetos aprovados, alta de 173% na mesma comparação. O indicador de aprovações antecipa os investimentos que ainda vão ingressar na economia, uma vez que os desembolsos são feitos apenas após a fase de contratação do empréstimo e ao longo do desenvolvimento dos projetos.