BNDES assina dois contratos do Fundo Amazônia, no valor de R$ 24,4 milhões

20/02/2014

• Instituto Socioambiental (ISA) será apoiado com R$ 8 mi para projeto na Bacia do Xingu. AM terá R$ 16,4 mi para gestão de terras indígenas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou nesta quinta-feira, 20, dois contratos de projetos apoiados pelo Fundo Amazônia, com recursos não reembolsáveis. Os documentos foram assinados pelo diretor da Área de Meio Ambiente do BNDES, Guilherme Lacerda, na sede do Ministério do Meio Ambiente, com a presença da ministra Izabella Teixeira.
Um dos contratos, de R$ 8 milhões, foi firmado junto com a secretária-executiva adjunta do Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos. O projeto é destinado à estruturação e ao fortalecimento das cadeias de valor da sociobiodiversidade na Bacia do Xingu. Os recursos apoiarão as populações de agricultores familiares, povos indígenas e comunidades extrativistas da Bacia do Rio Xingu, contribuindo para a consolidação de arranjos institucionais e produtivos agroextrativistas em torno de cadeias de valor sustentáveis.
O objetivo é aliar a produção e a conservação ambiental na Bacia do Xingu, com vistas à sua posterior incorporação às políticas públicas voltadas para a região amazônica. A iniciativa abrange sementes e mudas florestais, borracha, castanha, pequi e frutas junto às populações indígenas, extrativistas e agricultores familiares, visando ao aumento da qualidade de vidas dessas populações e à produção sustentável agroflorestal e extrativistas. O projeto beneficiará diretamente 766 famílias em Mato Grosso e no Pará.
O outro contrato, de R$ 16,4 milhões, com o titular da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas do Amazonas (Seind), Bonifácio José Baniwa, é destinado a projeto de gestão ambiental sustentável das Terras Indígenas. O programa, com prazo de 36 meses, abrange cerca de 50% dos territórios indígenas do Estado (16,2 milhões de hectares), beneficiando uma população de 35 mil índios, direta e indiretamente.
As atividades produtivas do projeto, alinhado aos objetivos da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI), foram definidas pelos próprios índios, público-alvo prioritário do Fundo Amazônia.
O objetivo é reduzir as atividades exploratórias que levam à degradação dos recursos naturais, com investimentos no monitoramento da região e fortalecimento institucional das associações locais. Os recursos do Fundo também serão destinados à capacitação e ao fomento às atividades produtivas sustentáveis em 28 terras indígenas, de 15 municípios do Estado do Amazonas.
Instituto Sociambiental – O projeto foi selecionado por chamada pública, destinada a contemplar empreendimentos “aglutinados”, ou seja gerenciados por uma entidade (“aglutinadora”) e composto de subprojetos de outras entidades (“executoras” ou “aglutinadas”), orientados para o desenvolvimento de, ao menos, uma das seguintes cadeias: manejo florestal madeireiro e não madeireiro; aquicultura e arranjos de pesca; sistemas agroecológicos e agroflorestais.
Em Mato Grosso, serão beneficiadas 320 famílias indígenas do Parque Nacional do Xingu e das terras indígenas Wawi e Marãwatsedé e 195 famílias de agricultores, distribuídas em cinco projetos de assentamento. No Pará, as ações beneficiarão 31 famílias de agricultores assentados e 220 famílias de comunidades tradicionais extrativistas.
Estado do Amazonas – O projeto está estruturado em sete componentes principais: Planos de Gestão Ambiental de Terras Indígenas; agricultura familiar sustentável; manejo sustentável de produtos florestais; desenvolvimento da produção e do comércio de artesanato indígena e das atividades de pesca manejada e aquicultura; fortalecimento institucional da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas do Amazonas (Seind), única secretaria de Estado no Brasil dedicada exclusivamente aos interesses dos povos indígenas.
Historicamente, as Terras Indígenas detêm um dos menores índices de desmatamento entre as diversas categorias de áreas protegidas. Ainda assim, é crescente a pressão sobre os recursos naturais dessas áreas, que se acentua naquelas regiões que fazem fronteira com grandes estradas e rios de maior circulação.

Fonte: BNDES

BNDES aprova empréstimo-ponte de R$ 1,8 bilhão para Porto do Açu

19/02/2014

• Recursos destinam-se a investimentos nas obras do complexo portuário, localizado no município de São João da Barra, no Rio de Janeiro
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo-ponte de R$ 1,8 bilhão para o projeto de implantação do Porto do Açu, controlado pela empresa Prumo, do Grupo EIG. O grupo norte-americano assumiu o controle do Porto do Açu no processo de reestruturação do Grupo EBX.
O empréstimo-ponte será destinado a um conjunto de investimentos que darão continuidade às obras do complexo portuário, localizado no município de São João da Barra, no Rio de Janeiro.
Entre esses investimentos, destacam-se obras de infraestrutura básica, obras civis relativas a aterro hidráulico, dragagem de canais internos e de acesso e construção de quebra-mar para os terminais 1 e 2 (T1 e T2).
O T1 será destinado à movimentação de petróleo da Bacia de Campos e minério de ferro. O T2, terminal denominado onshore, abrigará indústrias e empresas e movimentará diferentes tipos de cargas.
O objetivo da modalidade empréstimo-ponte é permitir que a empresa efetue os investimentos iniciais previstos para o empreendimento, enquanto o BNDES analisa estruturação de operação de longo prazo.

Fonte:BNDES

BNDES desembolsou R$ 3,6 bi para Pernambuco em 2013, com alta de 13%

13/02/2014

• No Estado, 96% das operações foram com micro, pequenas e médias empresas. Desembolso total para a Região Nordeste no período foi de R$ 25,7 bilhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 3,6 bilhões para Pernambuco no ano de 2013. O valor, referente a 20,5 mil operações, é 13% superior ao do ano de 2012. Os recursos foram destinados, em grande parte, a projetos de infraestrutura, com investimentos públicos e privados, e aos industriais, incluindo o setor de medicamentos.
As Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) responderam por 32,3% do total desembolsado em 2013 para o Estado, recebendo R$ 1,2 bilhão, o que representa crescimento de 7% relação ao total liberado para o segmento no ano anterior. Se considerado o número de operações realizado no período, 96% das 20,5 mil transações — ou seja, 19,6 mil — foram feitas com MPMEs.
Cartão BNDES – Parte dos recursos obtidos pelas micro e pequenas empresas de Pernambuco foi financiado pelo Cartão BNDES. No ano passado, o valor atingiu R$ 261 milhões, cifra 9% superior à de 2012. Do total de 13,5 mil cartões emitidos no Estado, 85% foram para microempresários.
Com o Cartão BNDES, as MPMEs podem adquirir mais de 234 mil bens e serviços necessários aos seus negócios diretamente pelo site www.cartaobndes.gov.br, entre computadores, softwares, móveis para escritório, veículos utilitários, motocicletas, materiais de construção, máquinas e equipamentos, por exemplo.
O Cartão tem uma das menores taxas de juros do mercado — 0,93% ao mês, em fevereiro —, prazo de pagamento de até 48 meses, parcelas fixas e iguais, sem cobrança de anuidade. Empresários interessados em adquiri-lo devem preencher a proposta no site e encaminhá-la, junto com os documentos necessários, a um dos bancos emissores — Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, BRDE, Caixa Econômica Federal, Itaú ou Sicoob —, que será o responsável pela análise e concessão do crédito.
Nordeste – Considerados os recursos liberados para financiamentos para toda a Região Nordeste, os desembolsos do BNDES no ano de 2013 atingiram o valor de R$ 25,7 bilhões, um crescimento de 22% na comparação com os desembolsos realizados no ano anterior. Nesse período foram registradas 147 mil operações, o que representa expansão de 6,8% em relação a 2012, seguindo a tendência de alta dos últimos anos.

Fonte: BNDES

Patrocinada pelo BNDES, exposição mostra resistência à ditadura militar no Brasil

11/02/2014

• Idealizada pelo Instituto Vladimir Herzog, Resistir é Preciso… fica em cartaz no CCBB/RJ desta quarta, 12, até 28/4. Depois, segue para BH
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) patrocina a exposição Resistir é Preciso…, do Instituto Vladimir Herzog, que conta a história da resistência à ditadura militar no Brasil por meio de documentos, fotos e vídeos referentes ao período de 1960 a 1985.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participa de abertura para convidados nesta terça-feira, 11, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (RJ). A exposição abre ao público a partir da quarta-feira, 12, e segue até o próximo dia 28 de abril, com entrada franca. Entre maio e outubro, a mostra será exibida em Belo Horizonte (MG).
O projeto apresenta um fragmento da história do Brasil, acompanhando a trajetória da imprensa nacional que lutou contra a ditadura militar brasileira entre 1964 e 1985. A mostra, com curadoria de Fabio Magalhães, expõe em uma linha do tempo documentos, fotos, vídeos, exemplares de jornais, depoimentos de jornalistas, cartazes, ilustrações, charges e caricaturistas.
O Instituto Vladimir Herzog, criado em homenagem ao jornalista que lutou contra o regime ditatorial, espera receber um público estimado em 150 mil pessoas para a exposição, entre estudantes, professores, grupos da terceira idade e população em geral. Além do BNDES e do CCBB, a mostra tem apoio dos Correios.

Fonte: BNDES

BNDES aprova financiamento de R$ 1,4 bi para investimentos em inovação da Embraer

06/02/2014

Projeto está alinhado às prioridades do Banco e inclui investimentos sociais em Botucatu e São José dos Campos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 1,4 bilhão para investimentos em inovação tecnológica a serem realizados pela Embraer.

O projeto abrange o desenvolvimento da aeronave executiva de médio porte Legacy 500 e da segunda geração da família de jatos comerciais E-Jets, além de investimentos sociais em benefício da comunidade.

O apoio do BNDES à empresa será viabilizado por um conjunto de linhas de financiamentos no âmbito do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), voltado para a aquisição de bens de capital e inovação. Também há recursos provenientes da linha BNDES Proengenharia, destinada ao desenvolvimento da engenharia nacional, e da Linha Investimentos Sociais de Empresas (ISE).

O projeto, a ser desenvolvido predominantemente na planta industrial de São José dos Campos (SP), está em linha com a prioridade do BNDES de incentivar investimentos em inovação, que permitam melhorar a produtividade e aumentar a competitividade das empresas brasileiras nos mercados interno e internacional.

Com alta densidade tecnológica, esse projeto trará benefícios relacionados a reduções no consumo de combustível, nas emissões de gases, nível de ruído e custo de manutenção das aeronaves fabricadas pela empresa.

A Embraer estima que mais de 1,8 mil empregados estarão envolvidos no projeto até 2018, incluindo profissionais provenientes do Programa de Especialização em Engenharia (PEE), parceria da companhia com o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Social – Os investimentos sociais no âmbito do projeto terão como foco principal a área de educação. O Colégio Embraer Casimiro Montenegro Filho, em Botucatu (SP) — onde a Embraer tem unidade de fabricação — será ampliado, com a conclusão de obras de infraestrutura e a criação de 240 novas vagas no Ensino Médio. Também estão previstos investimentos na reforma do Colégio Embraer Juarez Wanderley, em São José dos Campos (SP).

Fonte: BNDES

Nova Política Operacional do BNDES começa a vigorar

04/02/2014

Banco reforça prioridade ao investimento, competitividade e sustentabilidade socioambiental, além de ampliar acesso para MPMEs

Regras aumentam espaço para financiamento privado

Mudanças também visam simplicidade e eficiência operacional

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez uma revisão de sua Política Operacional (PO) para alinhá-la às tendências do investimento no País, à maturidade da indústria financeira nacional e à necessidade de atender as empresas com mais eficiência e qualidade. As novas regras (taxas, prazos e níveis de participação) já estão disponíveis no site do BNDES.

As linhas gerais da PO já haviam sido adiantadas pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, no fim do ano passado. Paralelamente, estão mantidas as condições já anunciadas e em vigor do BNDES PSI 2014, associadas à aquisição ou apoio à exportação de bens de capital e investimentos em inovação. Portanto, o PSI 2014 compõe o custo de financiamento para investimentos em todos os setores.

Na nova Política, o Banco buscou alinhar as condições de financiamento às diretrizes do governo e às necessidades do setor produtivo. São três os blocos prioritários: Infraestrutura, particularmente novos investimentos: logística, energética, mobilidade urbana e saneamento. Neste bloco também se inclui o apoio à modernização da gestão pública. Competitividade: inovação, serviços técnicos e tecnológicos; exportação de serviços de engenharia e bens de capital; setores intensivos em engenharia e conhecimento; economia criativa. Inclusão produtiva e sustentabilidade: Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), meio ambiente e desenvolvimento regional.

Essas prioridades contam com os menores custos financeiros, os maiores prazos e os maiores percentuais de participação do Banco nos financiamentos. Os níveis de participação foram adequados à entrada de novas fontes de recursos, partindo-se do principio de que a indústria bancária e o mercado de capitais já possuem meios suficientes para se engajarem no financiamento de longo prazo.

Na mesma direção, a nova PO abre espaço para as empresas captarem recursos complementares nos mercados, como já está ocorrendo no caso das debêntures de infraestrutura.

Infraestrutura econômica – Entre as prioridades, um dos setores que se destaca é o de Logística, com maiores níveis de participação e prazos adequados às características dos projetos de investimento. Na área de energia, o BNDES manteve um nível elevado de participação máxima em geração a partir de fontes renováveis, em função da sua contribuição para a sustentabilidade ambiental. O apoio à transmissão teve taxas reduzidas e o segmento de distribuição passará a ter uma parcela de seu financiamento a custo de mercado.

MPME – Os financiamentos do BNDES às empresas de menor porte contam com nível de participação máxima de 90%, mostrando a prioridade dada pelo Banco ao setor. As novas POs criam condições especiais para as micro e pequenas empresas nas linhas do produto BNDES Automático: as empresas poderão receber reembolso de investimentos já realizados. Para isso, o projeto de investimento tem de estar concluído em até 12 meses anteriores à data de entrada no BNDES da solicitação de financiamento.

O BNDES realizou a mudança em sua política operacional também com o objetivo de obter maior simplificação e agilidade nas operações, por meio da reorganização de processos e de instrumentos de apoio.

Nas operações indiretas (aquelas em que o repasse de recursos do BNDES é feito por meio de um agente financeiro intermediário), a simplificação normativa e operacional já passa também pelo processo de transmissão de dados, com o encaminhamento eletrônico de todas as informações referentes às operações.

Entre as novidades, está a mudança do limite mínimo para as operações de financiamento direto (BNDES Finem), que passa de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões.

Desempenho – Também estão disponíveis no portal do BNDES os dados consolidados do desempenho de 2013. No ano passado, os desembolsos do BNDES atingiram R$ 190,4 bilhões, com alta de 22% na comparação com 2012. Todos os setores apoiados pelo Banco tiveram crescimento nas liberações. A indústria respondeu por 30% do total liberado (R$ 58 bilhões) e a infraestrutura por 33% (R$ 62,2 bilhões). Isso representou aumentos de 22% e 18%, respectivamente, nos desembolsos desses setores na comparação com o ano anterior.

A maior expansão relativa ocorreu no setor agropecuário (alta de 64%), com total de R$ 18,6 bilhões, refletindo o forte volume de investimentos no campo, devido à safra recorde em 2013. Já ao setor de comércio e serviços, o BNDES liberou R$ 51,5 bilhões, com incremento de 17%.

Um dos grandes destaques da atuação do BNDES no ano passado foi a expansão de 27% nos desembolsos às micro, pequenas e médias empresas, que superou a própria taxa de crescimento das liberações globais do Banco no ano passado. Às MPMEs, foi desembolsada a cifra recorde de R$ 63,5 bilhões, equivalente a 33% das liberações totais realizadas pela instituição no ano passado.

Moderação – As aprovações de empréstimos do BNDES somaram R$ 239,6 bilhões em 2013, com recuo de 8% em relação a 2012. Também as consultas, de R$ 277,4 bilhões, tiveram declínio de 11% na mesma comparação, seguindo o comportamento dos enquadramentos (R$ 275,1 bilhões), com baixa de 7%.

O recuo nas aprovações, consultas e enquadramentos é explicado pela alta base de comparação, mas também sinaliza um cenário de maior moderação nos desembolsos do Banco em 2014.

Fonte: BNDES