BNDES apoiará com R$ 404 milhões transporte hidroviário no rio Tapajós

22/12/2014

• Projeto da Hidrovias do Brasil Vila do Conde prevê construção de terminal de uso privado em Barcarena, Estado do Pará

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo-ponte no valor de R$ 404 milhões para a Hidrovias do Brasil Vila do Conde S.A. Os recursos, que representam 65% do total a ser investido, darão suporte à construção de um Terminal de Uso Privado (TUP) no Porto Organizado de Vila do Conde, em Barcarena, Pará. O projeto deve contribuir para o escoamento da produção agrícola, baixando custos e criando alternativa ao modal rodoviário.

A Hidrovias do Brasil Vila do Conde é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), subsidiária integral da Hidrovias do Brasil S.A., criada em 2010 pelo fundo P2 Brasil Infraestrutura, com o objetivo de atuar como provedor logístico independente com foco no transporte hidroviário de commodities na América do Sul.

O TUP de Vila do Conde é parte integrante do projeto “Grãos Norte”, do qual fazem parte a Hidrovias do Brasil Vila do Conde e outras duas SPEs: Hidrovias do Brasil Miritituba S.A. e a Hidrovias do Brasil Navegação Norte Ltda.

As três empresas foram constituídas com o objetivo de explorar o novo corredor de exportação denominado “Hidrovia Tapajós”, para escoamento da produção do centro-norte do País, como alternativa aos portos de Santos e Paranaguá, notadamente para a exportação de soja e milho, que possui forte expansão projetada para os próximos anos.

Também foi levada em conta a existência de gargalos logísticos, evidenciados por um alto custo de transporte e por uma infraestrutura ainda suportada em grande parte pelo modal rodoviário, apesar das longas distâncias e do forte potencial hidrográfico da região. Há estudos que indicam a redução de até 41% do custo por tonelada de grãos exportada por essa rota.

As empresas pretendem estabelecer um sistema logístico entre os municípios de Itaituba e Barcarena, por meio do rio Tapajós, no Estado do Pará. Além do TUP de Vila do Conde, esse sistema contará com a Estação de Transbordo de Carga em Miritituba (ETC no município de Itaituba) e uma frota de barcaças e empurradores (comboios fluviais) em construção em estaleiros da região. A construção da estação e a fabricação da frota também deverão ser apoiadas pelo BNDES.

O empréstimo-ponte que está sendo concedido à Hidrovias do Brasil Vila do Conde está relacionado ao financiamento de longo prazo, na modalidade de project finance, também para as demais empresas do projeto “Grãos Norte”.

Fonte: BNDES

BNDES aprova R$ 592,1 mi para quatro projetos inovadores do setor sucroenergético

18/12/2014

• Recursos viabilizarão a quarta planta de etanol celulósico do País e incluem os primeiros projetos aprovados do PAISS Agrícola e do Inova Sustentabilidade

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos a quatro projetos do setor sucroenergético, no valor total de R$ 592,1 milhões. A maior operação será com a Abengoa Bioenergia Agroindústria S.A., que receberá R$ 309,6 milhões para implantar planta de etanol de segunda geração (2G).

Será a quarta planta de etanol 2G do Brasil e terá a capacidade nominal de 64 milhões de litros por safra. A unidade será construída de forma integrada ao processo tradicional de produção de etanol, na Usina São Luiz, em Pirassununga, São Paulo. Com mais este investimento, a capacidade instalada de produção de etanol 2G no Brasil atingirá quase 200 milhões de litros por safra.

PAISS Agrícola –
Foram aprovados os dois primeiros projetos no âmbito do PAISS Agrícola.  A primeira operação aprovada foi a da Biovertis Produção Agrícola Ltda., de Barra de São Miguel, Alagoas, que receberá R$ 139,3 milhões. Os recursos serão destinados à realização de investimentos no estabelecimento de um sistema de manejo adequado para cana-energia, que é um tipo de cana-de-açúcar com alta produtividade e maior concentração de biomassa.

O projeto vai desenvolver diferentes técnicas de manejo de alta performance para várias atividades, dentre as quais estão preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita e transporte.

A segunda aprovação do PAISS Agrícola é da Raizen Energia S.A., no valor de R$ 4,5 milhões, cujo objetivo é viabilizar em larga escala técnicas mais ágeis e eficientes de propagação de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar. Com a nova técnica, espera-se reduzir significativamente os custos de plantio, além de aumentar a qualidade da germinação da lavoura de cana, contribuindo para incrementar a produtividade agrícola do setor.

Inova Sustentabilidade – o setor sucroenergético foi responsável pela primeira aprovação do BNDES no âmbito do Inova Sustentabilidade, programa em conjunto com Finep que busca, dentre outros objetivos, apoiar o desenvolvimento tecnológico e a difusão de produtos e processos que promovam a produção sustentável.

A operação aprovada pela diretoria do BNDES é da Cerradinho Bioenergia S.A., que terá financiamento de R$ 138,8 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) relacionados à implantação de sistema de limpeza a seco de cana-de-açúcar e à implantação de sistema de recepção e separação de fardos de palha de braquiária e de cana-de-açúcar na unidade industrial de Chapadão do Céu, Goiás.

Com os recursos, a Cerradinho também investirá na compra de máquinas e equipamentos nacionais. Eles serão usados na recepção e separação dos fardos de palha de braquiária e da cana. O projeto também abarca investimentos que devem elevar de 70MW para 160 MW a capacidade de cogeração de energia elétrica da usina. Também será adquirido um sistema de limpeza a seco da cana-de-açúcar na fábrica de Chapadão do Céu.

Fonte: BNDES

BNDES é premiado pelo fomento ao setor de design

05/12/2014

• Em um ano de vigência, BNDES Prodesign aprovou R$ 191 milhões. Custo baixo da linha reflete prioridade dada pelo Banco aos ativos intangíveis

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu a Medalha do Mérito ABIT 2014, concedida pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), em reconhecimento pelo trabalho de fomento do design brasileiro. O Banco foi representado na cerimônia, na noite desta quinta-feira, 4, em São Paulo, pelo presidente Luciano Coutinho, que destacou a relevância do setor para a criação do emprego formal e o seu potencial de crescimento por meio de investimentos em inovação.

Este é o segundo prêmio que o BNDES recebe esta semana pelo fomento ao design: na segunda, 1º, o Banco foi vencedor da categoria Instituição de Apoio ao Design, no 4º Brasil Design Award (BDA 2014), oferecido pela Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedsign) e pelo Centro Brasil de Design.

Na premiação da Abit, o Banco foi vencedor da categoria Instituições Públicas, em razão de sua contribuição para o desenvolvimento do design de moda, por meio de suas linhas de financiamento a investimentos, sobretudo o Programa BNDES de Apoio a Investimentos em Design, Moda e Fortalecimento de Marcas (BNDES Prodesign) e o Cartão BNDES.

Programa – Lançado em outubro de 2013, o BNDES Prodesign completou seu primeiro ano de vigência com a aprovação de projetos de nove empresas que, juntas, receberão financiamento de cerca de R$ 191 milhões. Atualmente, encontram-se em análise projetos de mais cinco empresas, cujos investimentos em design somam R$ 218 milhões.

Com dotação orçamentária de R$ 500 milhões e prazo de vigência até 31 de dezembro do ano que vem, o programa tem um dos mais baixos custos de crédito do Banco, refletindo a importância dada pela instituição ao investimento em ativos intangíveis, como o design.

Empreendimentos – O programa pode apoiar investimentos em desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas em projetos de investimentos das seguintes cadeias produtivas: têxtil e de confecções, calçadista, moveleira, de higiene pessoal, de perfumaria e cosméticos, de utilidades domésticas, de brinquedos, de metais sanitários, de joias, relojoeira, de embalagens, de eletrodomésticos e de revestimentos cerâmicos.

Entre os itens que podem ser adquiridos com o financiamento do BNDES Prodesign estão as despesas relacionadas a pesquisa, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, embalagens, desenho industrial e design de moda, associados a ergonomia, concepção, conforto e estilo; aquisição de softwares desenvolvidos no país; despesas com treinamento, participação em feiras e eventos, no Brasil ou no exterior, e capacitações gerencial, técnica e de apoio operacional; estudos,
consultorias e projetos de certificação e registros no INPI, entre outros itens.

Além do Prodesign, o Banco pode apoiar investimentos em design por meio do Cartão BNDES, para micro, pequenas e médias empresas, e do BNDES Automático.

Fonte: BNDES