BNDES dá treinamento para fomentar programa que reduz emissões na agricultura

BNDES dá treinamento para fomentar programa que reduz emissões na agricultura – BNDES

27/04/2015

• De 25/5 a 09/10, Banco capacitará profissionais para apresentar projetos ao Programa ABC, que oferece juros baixos para adoção de tecnologias sustentáveis
• Iniciativa é uma parceria com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), EMBRAPA, SENAR/CNA, FEBRABAN e ABDE

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dá início em 25/5 a uma série de capacitações para estimular o uso do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que financia com taxas de juros atrativas a adoção de tecnologias de produção agrícola sustentáveis.

A iniciativa, batizada de Capacita ABC, é voltada para profissionais que atuam na elaboração de projetos e na operacionalização do Programa e resulta de um acordo de cooperação técnica firmado pelo BNDES com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), EMBRAPA, FEBRABAN, Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/CNA).

Os primeiros blocos de aulas do Capacita ABC acontecerão entre os dias 25 e 29 de maio, em Porto Alegre, seguidos por blocos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e João Pessoa. A estimativa inicial é que, no total, cerca de 150 analistas e projetistas sejam treinados, sendo que os encontros de Salvador (BA) se estenderão também a participantes de Sergipe, os de Recife (PE) a técnicos de Alagoas, os de Fortaleza (CE) a interessados do Piauí e Maranhão, e os de João Pessoa (PB) a profissionais do Rio Grande do Norte.

Programa ABC – O BNDES opera o Programa ABC desde o Ano-Agrícola 2010-2011. Suas operações são indiretas, ou seja: os recursos do BNDES são repassados ao cliente final por meio de instituições financeiras credenciadas. Para o ano agrícola 2014-2015, que se encerra em junho, o Banco destinou recursos num total de R$ 500 milhões.

Por meio do ABC, produtores rurais e cooperativas podem financiar investimentos em recuperação de pastagens degradadas; implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária; adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental; e implantação, manutenção e melhoramento do manejo de florestas comerciais, entre outros.

A taxa de juros do programa é de 4,5% ao ano para produtores que se enquadrem como beneficiários do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e de 5% a.a. para os demais.

Capacita ABC – A série de treinamentos Capacita ABC é resultado de ação conjunta realizada entre o BNDES e os demais parceiros do Programa, com o objetivo de elevar o conhecimento técnico por parte dos analistas e dos projetistas.

As inscrições e maiores informações para o Capacita podem ser feitas através da ABDE e do INFI, nos endereços eletrônicos www.abde.org.br, gedes@abde.org.br ou www.infi.com.br, e pelos telefones (21) 2109-6034 ou 2109-6033.

Mais informações sobre a série de treinamentos Capacita ABC estão disponíveis aqui.

Detalhes sobre o Programa ABC, tais como garantias, prazos e itens financiáveis, estão disponíveis aqui.

Fonte: BNDES

BNDES assina contrato de R$ 6,6 milhões com Índios Ashaninka do Acre

BNDES assina contrato de R$ 6,6 milhões com Índios Ashaninka do Acre – BNDES

17/04/2015

  •  É o primeiro projeto apoiado pelo Fundo Amazônia concebido e apresentado diretamente por indígenas. Documento foi firmado na quinta, 16. 


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou contrato de R$ 6,6 milhões, no âmbito do Fundo Amazônia, com a Associação Ashaninka do Rio Amônia.

A operação foi aprovada em fevereiro último e a contratação aconteceu nesta quinta-feira, 16, na sede do Banco, no Rio, em documento firmado pelo vice-presidente Wagner Bittencourt, pelo diretor da Área de Meio Ambiente do BNDES, Henrique Paim, e pelo presidente da associação, Moisés Piyãko.

Este é o primeiro projeto concebido e apresentado diretamente ao Fundo Amazônia por uma comunidade indígena, sem intermediação do setor público ou de ONGs.
Na operação pioneira, a equipe do BNDES responsável pelo Fundo Amazônia analisou em conjunto com os representantes indígenas Ashaninka, do Acre, as diversas etapas do projeto Alto Juruá, até sua aprovação.
Os Ashaninka do Rio Amônia concentram-se na aldeia Apiwtxa (termo que na língua nativa significa “união”), parte da Terra Indígena (TI) Kampa do Rio Amônia. Esta Terra Indígena — no município de Marechal Thaumaturgo, fronteira com o Peru e vizinha da Reserva Extrativista do Alto Juruá — é alvo de pressões relacionadas ao desmatamento e à degradação florestal.
O projeto contempla ações em benefício não só do povo Ashaninka, mas também de comunidades indígenas e não indígenas do entorno da TI Kampa do Rio Amônia, abrangendo um conjunto de áreas protegidas.
O objetivo é promover o manejo e a produção agroflorestal nas comunidades, de modo a constituir alternativa econômica sustentável ao desmatamento, além de apoiar iniciativas de monitoramento e controle do território e de fortalecimento da organização local, na região do Alto Juruá/Acre.
A iniciativa aprovada pelo Fundo Amazônia beneficiará os 720 habitantes da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, mais 600 da Terra Indígena do Rio Breu e 50 comunidades da Reserva Extrativista Alto Juruá, além de capacitar seis comunidades Ashaninka do Peru. O prazo de execução é de 36 meses.
 Estratégia – O projeto, desenhado pela comunidade indígena durante três anos, faz parte da estratégia dos Ashaninka de proteção de seu território e dos recursos naturais, que viram no trabalho com a população do entorno uma forma de mobilizar parcerias e minimizar as pressões predatórias sobre a região.
A proposta envolve uma abordagem territorial diferenciada para o enfrentamento das pressões por desmatamento em terras indígenas e inclui ações de capacitação concebidas de modo a fortalecer o protagonismo indígena.
Fundo Amazônia – O Fundo Amazônia apoia ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma Amazônia, com recursos não reembolsáveis.
O projeto com os Ashaninka do Rio Amônia é o quinto apoiado pelo Fundo Amazônia com foco exclusivo no apoio aos povos indígenas, somando um total de R$ 75 milhões de colaboração financeira, além de R$ 14 milhões que beneficiam as comunidades indígenas em outros oito projetos.
Além disso, o Fundo Amazônia realizou chamada pública para selecionar projetos de elaboração e implementação de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) em Terras Indígenas no Bioma Amazônia, lançada em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Fonte: BNDES