BNDES melhora condições para linha de crédito de apoio à eficiência energética

28/07/2015

  • Custo financeiro segue referenciado em TJLP, que o banco reserva a projetos prioritários. Prazo de pagamento, antes de 72 meses, pode ser estendido
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) melhorou as condições de financiamento para promoção de eficiência energética. Reformulada, a linha Proesco passa a se chamar BNDES Eficiência Energética, com condições financeiras mais atrativas.
O prazo de pagamento, anteriormente limitado a 72 meses (carência mais amortização), foi flexibilizado, e agora poderá ser ampliado, conforme a especificidade de cada projeto ou conjunto de investimentos.
O custo financeiro mantém como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6,5% ao ano, cuja alocação o BNDES reserva para os projetos que considera prioritários, conforme as mais recentes políticas operacionais do Banco. A participação máxima do BNDES como financiador foi mantida em até 70% do total do projeto.
A nova linha não está restrita a empresas de serviços de conservação de energia (ESCOs), podendo ser acessada por qualquer empresa com sede e administração no País. O instrumento contempla tanto investimentos realizados pelas organizações em unidades próprias quanto em unidades de terceiros.
Além disso, as operações de financiamento podem ser realizadas tanto na modalidade direta (em que o projeto é analisado diretamente pela equipe do BNDES), quanto na modalidade indireta (em que o projeto é analisado por um agente financeiro credenciado pelo BNDES, que atua como intermediário da operação), a critério do tomador de crédito.
O valor mínimo para operações foi estabelecido em R$ 5 milhões, significativamente abaixo dos R$ 20 milhões de patamar mínimo usualmente estabelecido nas linhas diretas do BNDES. Para atingir os R$ 5 milhões, o cliente poderá agrupar investimentos em locais distintos na mesma operação, ou seja, seu plano de investimentos poderá contemplar um conjunto de projetos de eficiência energética a serem executados em diferentes locais, como, por exemplo, uma rede de hotéis, lojas ou unidades industriais. Para as operações abaixo desse R$ 5 milhões, pode ser utilizada a linha BNDES Automático, produto operado pelos agentes financeiros credenciados.
Os tipos de empreendimentos apoiáveis estão agrupados em quatro categorias: repotenciação de usinas; redes elétricas inteligentes; edificações, com foco em ar condicionado, iluminação e geração distribuída (incluindo cogeração) para unidades novas ou já existentes (retrofit); e processos produtivos, com foco em cogeração, aproveitamento de gases de processo como fonte energética e outras intervenções a serem priorizadas pelo BNDES.
Fonte: BNDES

BNDESPAR investirá este ano R$ 800 milhões em nove fundos de participação acionária

BNDESPAR investirá este ano R$ 800 milhões em nove fundos de participação acionária – BNDES

08/07/2015

• Em 4 anos haverá aporte em cerca de 80 empresas. Subsidiária do BNDES seguirá líder entre investidores de venture capital e private equity no Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investirá este ano, por meio de sua subsidiária de participações societárias, R$ 800 milhões em nove novos fundos de participações. Eles se somarão à carteira de 34 fundos de investimento que já têm participação da BNDES Participações S.A. (BNDESPAR).

Os novos fundos, cujos gestores foram selecionados em 2014, viabilizarão aportes em mais de 80 empresas nos próximos quatro anos. Com os novos investimentos, a BNDESPAR eleva seu número de companhias investidas de 130 para mais de 200 nos próximos anos, mantendo-se na liderança entre os investidores atuantes no País em fundos de venture capital e private equity. Por meio da atuação via fundos, o objetivo da BNDESPAR é investir em empresas de base tecnológica, ativos de infraestrutura e contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais.

Dos novos fundos, três são focados em empresas nascentes e pequenas e médias empresas (PMEs) de base tecnológica; um em médias empresas em expansão; um em setor de educação com ênfase em saúde; um em ativos de infraestrutura; um em impacto social; e dois em formação do mercado de acesso, para fomentar ofertas públicas de médias empresas. Com participação média de 26% nos fundos citados, a BNDESPAR busca atrair novos investidores para criar empresas brasileiras sustentáveis e competitivas.

A estratégia de conciliar a chamada multissetorial de fundos, inaugurada no ano passado, com chamadas dirigidas para a seleção de gestores permitiu que a BNDESPAR analisasse 57 propostas de fundos somente em 2014, dinamizando o processo de seleção. Além de viabilizar o mapeamento e conhecimento amplo dos fundos, as chamadas fornecem subsídios para identificar segmentos pouco atendidos por investidores e gestores, para que sejam direcionados esforços, ações institucionais e novos produtos.

Inovação –
Dos novos fundos, dois se destacam no apoio à inovação. O primeiro é o Criatec III, de patrimônio mínimo de R$ 200 milhões, que atrairá ao menos sete novos investidores para o capital semente, fato que o torna o maior fundo do Brasil voltado para empresas nascentes.

O segundo é o novo Fundo de Biotecnologia, voltado para investimentos em PMEs e estruturado em parceria inédita com o BPI, o banco de fomento francês, o que viabilizará a entrada de ao menos R$ 35 milhões em investimento estrangeiro no País, além de possibilitar o estabelecimento no Brasil de uma renomada gestora europeia do segmento.

No total, a carteira da BNDESPAR reunirá 13 fundos direcionados para a inovação. Os veículos em fase de investimento permitirão que os aportes via fundos pelo BNDES em empresa inovadoras sejam triplicados no próximo triênio em comparação com o período anterior.

Fonte: BNDES