BNDES lucra R$ 4,9 bilhões, com crescimento de 3,5% nos nove primeiros meses do ano

14/11/2013

• Desempenho conciliou ampliação da carteira de empréstimos com manutenção da inadimplência em níveis extremamente baixos • Destaque foi crescimento de 8,7% do resultado de renda fixa
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 4,886 bilhões entre janeiro e setembro de 2013, valor 3,5% superior ao do mesmo período do ano passado, quando o lucro líquido obtido foi de R$ 4,722 bilhões.
O fator que mais contribuiu para o desempenho positivo foi o resultado com financiamentos a projetos de investimentos, confirmando a capacidade do BNDES de conciliar a redução de suas taxas de juros com resultados financeiros consistentes. Ao mesmo tempo, o BNDES manteve sua inadimplência em nível extremamente baixo e ampliou a recuperação de créditos.
O desempenho expressivo ocorreu em meio a um processo de redução de spreads cobrados pelo BNDES em seus financiamentos, em sintonia com as ações do Governo Federal de estimular o investimento produtivo e ampliar a oferta de crédito em um cenário global de incertezas.
Resultado – O resultado por segmentos — valor alcançado antes do desconto das despesas — totalizou R$ 10,003 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. O resultado do segmento de renda fixa (financiamentos) foi de R$ 7,428 bilhões (R$ 6,833 bilhões no mesmo período de 2012) e contribuiu com 74,3% do resultado total por segmentos.
O resultado do segmento de tesouraria, de R$ 1,589 bilhão, respondeu por 15,9% do resultado por segmentos e permaneceu no mesmo patamar do ano anterior (R$ 1,473 bilhão no período de janeiro a setembro de 2012).
Apesar do momento de retração do mercado de capitais, o segmento de renda variável também contribuiu para o bom desempenho do Sistema BNDES. Nos primeiros nove meses do ano, o resultado obtido com este segmento foi de R$ 762 milhões, um decréscimo de R$ 242 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. A participação do segmento de renda variável respondeu por 7,6% do resultado por segmentos do Sistema BNDES entre janeiro e setembro de 2013.
As despesas operacionais (que correspondem basicamente a despesas administrativas, de pessoal e tributos sobre o lucro) totalizaram R$ 5,118 bilhões no período de janeiro a setembro de 2013. No mesmo período de 2012, essas despesas totalizaram R$ 4,171 bilhões. O acréscimo está impactado pelo aumento do lucro tributável.
O lucro do Banco é obtido pelo total dos resultados por segmentos, subtraídas as despesas operacionais. Seu aumento também é explicado, em parte, pelo impacto positivo da provisão para risco de crédito no período de nove meses de 2013, que somou receitas de R$ 225 milhões, ante uma despesa de R$ 417 milhões no mesmo período do ano anterior. Isso ocorreu em função de eventos não recorrentes de recuperação de créditos, que geraram uma receita de R$ 415 milhões entre janeiro e setembro deste ano (em igual período de 2012, essas receitas foram de R$ 157 milhões).
Inadimplência – A inadimplência do Sistema BNDES, de 0,02% em 30 de setembro de 2013, permanece a mais baixa do setor financeiro brasileiro, e foi a menor obtida nos últimos cinco anos no BNDES, apesar das incertezas nos mercados financeiros e de capitais.
O resultado reflete a robustez da carteira de crédito e repasses do Banco e apresenta-se bem inferior à média do Sistema Financeiro Nacional, de 3,3% em setembro de 2013, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. Em dezembro de 2012, a inadimplência do BNDES estava em 0,06%.
Posição financeira – O patrimônio líquido do sistema BNDES totalizou R$ 60,331 bilhões (R$ 55,172 bilhões em 30 de junho de 2013), correspondendo a um patrimônio de referência (PR) de R$ 102,868 bilhões, acima dos R$ 96,021 bilhões obtidos em 30 de junho de 2013.
O crescimento do PR deve-se, principalmente, à recuperação do valor de mercado das participações societárias da BNDESPAR, cuja contrapartida ocorre em conta de Patrimônio Líquido.
Basileia – O índice de adequação de capital (Índice de Basileia) registrado pelo Sistema BNDES foi de 17,7%, situação superior aos 11% exigidos pelo Banco Central e aos 15,8% registrados no balanço de junho de 2013.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 745,2 bilhões em 30 de setembro de 2013, apresentando crescimento de R$ 16,1 bilhões (2,2%) em relação a 30 de junho de 2013. O saldo da carteira de crédito e repasse, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 537,7 bilhões no mesmo período, dos quais 79,4% correspondiam a créditos de longo prazo.

Fonte: BNDES

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