Fundo Amazônia ultrapassa R$ 1 bilhão em projetos aprovados

02/02/2015

• Gerido pelo BNDES, fundo apoia atualmente 69 projetos de combate ao desmatamento e uso sustentável da floresta

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em operações aprovadas com recursos do Fundo Amazônia. A marca foi atingida em dezembro de 2014 e corresponde ao total aprovado desde 2009, início das atividades do Fundo.

No total, 69 projetos de combate ao desmatamento e uso sustentável de recursos da floresta estão sendo apoiados com o valor total de R$ 1,04 bilhão pelo Fundo Amazônia, considerado uma das iniciativas mais importantes no mundo atualmente para redução das emissões por desmatamento e degradação florestal (da sigla em inglês REDD).

O apoio abrange sistemas de monitoramento e controle do desmatamento, com aprovações de R$ 495 milhões (48% do total apoiado), e projetos de desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis que valorizem a floresta em pé, responsáveis por 26% do montante aprovado. Os demais recursos destinam-se a projetos de ordenamento territorial (12%) e de desenvolvimento tecnológico (14%).

Dos 69 projetos já aprovados, 31 foram propostos pelo terceiro setor, 21 pelos Estados amazônicos, sete por municípios, seis por universidades, três pelo Governo Federal e um, internacional, apresentado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônia (OTCA) abrangendo os países da Pan-amazônia.

Quatro projetos têm foco exclusivo no apoio aos povos indígenas, no valor total de R$ 66 milhões de apoio do Fundo Amazônia. As principais ações visam ao desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis e a proteção de povos indígenas contra grupos envolvidos em ações predatórias da floresta.

Outro destaque é o aporte de R$ 200 milhões para 13 projetos de implementação do Cadastro Ambiental Rural, importante instrumento de regularização ambiental das propriedades.

O Fundo apoiou também investimentos do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), para monitoramento ambiental por satélites no bioma Amazônia, de R$ 67 milhões.

As aprovações já realizadas pelo Fundo Amazônia fazem parte de uma carteira composta de 94 projetos que soma R$ 1,7 bilhão, em fases distintas de análise. O valor equivale à quase totalidade dos recursos já doados — fonte de receita do Fundo —, atualmente em R$ 2 bilhões.

A maior parte, 97%, é proveniente de contratos de doações assinados entre o BNDES e o governo da Noruega. Os demais doadores são o banco de desenvolvimento da Alemanha (KfW) e a Petrobras. O Fundo Amazônia apoia projetos por meio de recursos não-reembolsáveis.
Fonte: BNDES

BNDES aprova 4 novos projetos e encerra 2014 com recorde de R$ 6,6 bi para parques eólicos

15/01/2015

·    Em dezembro, Banco aprovou R$ 1,7 bilhão para 22 complexos em Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul
·    Brasil está entre os cinco maiores investidores globais em energias renováveis

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou o ano de 2014 com R$ 6,6 bilhões em aprovações para novos projetos de geração eólica, equivalentes a 2.585,8 MW de potência instalada, contribuindo para colocar o Brasil entre os cinco maiores investidores globais, tanto em energia eólica quanto em energia renovável de maneira geral.

O desempenho coloca o BNDES na liderança do financiamento ao setor. O valor representa um aumento de 83,3% em relação ao montante aprovado no ano anterior, de R$ 3,6 bilhões. Desde 2003, o apoio do Banco à geração eólica somou R$ 20 bilhões, correspondentes a 7.287,8 MW.

Além de ampliar a participação da energia limpa na matriz energética brasileira, os projetos contribuirão para reduzir insumos como gás natural e outros derivados do petróleo, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa. As energias renováveis respondem, atualmente, por cerca de 80% da matriz elétrica brasileira, uma participação bem superior à média internacional, de 20%, e a dos países europeus, de pouco mais de 18%.

Os parques eólicos brasileiros trarão, ainda, efeitos econômicos positivos diretos e indiretos, como geração de emprego em regiões mais carentes, aumento da demanda por serviços e produtos nos municípios e nova fonte de renda para os pequenos proprietários em função do arrendamento das terras.

NOVAS APROVAÇÕES – Em dezembro de 2014, a diretoria do BNDES aprovou financiamento de R$ 1,7 bilhão para 22 parques eólicos, com capacidade instalada de 590,4 MW, em três Estados do Nordeste (Pernambuco, Piauí e RN) e no Rio Grande do Sul. Os projetos, todos com previsão de início de operação no primeiro semestre de 2015, são os seguintes:

Pernambuco – O apoio de R$ 580,8 milhões será destinado à construção de sete parques eólicos no Estado, com os respectivos sistemas de transmissão e investimentos sociais. Os parques, nos municípios de Paranatama, Pedra e Caetés, agreste pernambucano, terão potência instalada total de 181,9 MW, com 107 aerogeradores.

A Ventos de São Tomé Holding S/A detém 100% do capital das sete sociedades de propósito específico constituídas para implantar os sete parques — Santa Brígida I a VII — que compõem o Complexo Eólico Caetés. A holding, por sua vez, é controlada pela Casa dos Ventos. Os investimentos totais são de R$ 846,8 milhões.

Piauí – Financiamento de R$ 555 milhões para a construção de sete parques eólicos nos municípios de Marcolândia, Padre Marcos e Simões, com potência instalada total de 205,1 MW. Os recursos serão destinados à Chapada do Piauí Holding, controladora das sete sociedades de propósito específico criadas para construir e operar os parques Santa Joana IX a XIII e XV e XVI.

O complexo contará com 115 aerogeradores e investimentos totais de R$ 845 milhões, criando 1,2 mil empregos diretos e indiretos durantes as obras. A energia gerada foi comercializada no leilão de energia renovável realizado em agosto de 2013 e será conectada ao Sistema Interligado Nacional.

Rio Grande do Sul – O Complexo Eólico Chuí obteve financiamento de R$ 379,6 milhões para a construção de seis parques eólicos no município de Chuí, com potência instalada de 144 MW. Os recursos do Banco incluem linha de transmissão associada e projetos sociais na região. O valor total dos investimentos é de R$ 806 milhões, gerando 1,5 mil empregos diretos e indiretos e incluindo a compra de 72 aerogeradores.

Rio Grande do Norte – O BNDES financiará R$ 154,6 milhões para a implantação de duas centrais eólicas, Santa Helena e Santa Maria, no município de João Câmara. Os parques, controlados pela Santa Helena Energias Renováveis e Santa Maria Energias Renováveis, terão 59,4 MW de capacidade instalada total, com 22 aerogeradores, e os recursos do Banco incluem investimentos nos respectivos sistemas de transmissão e em projetos sociais na região. O valor total do investimento é de R$ 234,78 milhões.

Fonte: BNDES

BNDES aprova R$ 650 milhões para investimentos da Fiat em MG

05/01/2015

• Projeto prevê desenvolvimento de novos motores e veículos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 649,9 milhões para investimentos da Fiat Automóveis em Betim (MG), destinados ao desenvolvimento de novos motores e veículos, reestilização do automóvel Bravo e adequação de linhas de produção.

Os investimentos em atividades de engenharia visam à incorporação de novas tecnologias para melhorar veículos e motores, com maior potência, eficiência energética e redução de consumo de combustível. O projeto prevê ainda aumento de índices de nacionalização de motores.

O empreendimento vai fortalecer as atividades de engenharia de produtos e de manufatura da Fiat, contribuindo para uma maior independência em relação à matriz italiana no desenvolvimento de novos projetos.

O financiamento aprovado pelo BNDES inclui ainda investimentos em obras civis, montagens, instalações associadas à adequação das linhas de montagem e à ampliação da capacidade de produção da indústria. Essas obras abrangem também a construção de galpões e de pátios para armazenamento de embalagens, instalação de novas máquinas, equipamentos e ferramentais.

Além da certificação ISO de seu sistema de gestão de energia, a Fiat vem realizando um conjunto de investimentos para redução de impactos ambientais de suas atividades produtivas: elevação para 99% do índice de circulação de água utilizada na fábrica em Betim; redução de consumo de energia, por meio da utilização de iluminação e ventilação natural; diminuição de resíduos do processo de produção; e aumento do índice de reciclagem.

A conclusão dos investimentos está prevista para dezembro de 2016.

Fonte: BNDES

BNDES apoiará com R$ 404 milhões transporte hidroviário no rio Tapajós

22/12/2014

• Projeto da Hidrovias do Brasil Vila do Conde prevê construção de terminal de uso privado em Barcarena, Estado do Pará

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo-ponte no valor de R$ 404 milhões para a Hidrovias do Brasil Vila do Conde S.A. Os recursos, que representam 65% do total a ser investido, darão suporte à construção de um Terminal de Uso Privado (TUP) no Porto Organizado de Vila do Conde, em Barcarena, Pará. O projeto deve contribuir para o escoamento da produção agrícola, baixando custos e criando alternativa ao modal rodoviário.

A Hidrovias do Brasil Vila do Conde é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), subsidiária integral da Hidrovias do Brasil S.A., criada em 2010 pelo fundo P2 Brasil Infraestrutura, com o objetivo de atuar como provedor logístico independente com foco no transporte hidroviário de commodities na América do Sul.

O TUP de Vila do Conde é parte integrante do projeto “Grãos Norte”, do qual fazem parte a Hidrovias do Brasil Vila do Conde e outras duas SPEs: Hidrovias do Brasil Miritituba S.A. e a Hidrovias do Brasil Navegação Norte Ltda.

As três empresas foram constituídas com o objetivo de explorar o novo corredor de exportação denominado “Hidrovia Tapajós”, para escoamento da produção do centro-norte do País, como alternativa aos portos de Santos e Paranaguá, notadamente para a exportação de soja e milho, que possui forte expansão projetada para os próximos anos.

Também foi levada em conta a existência de gargalos logísticos, evidenciados por um alto custo de transporte e por uma infraestrutura ainda suportada em grande parte pelo modal rodoviário, apesar das longas distâncias e do forte potencial hidrográfico da região. Há estudos que indicam a redução de até 41% do custo por tonelada de grãos exportada por essa rota.

As empresas pretendem estabelecer um sistema logístico entre os municípios de Itaituba e Barcarena, por meio do rio Tapajós, no Estado do Pará. Além do TUP de Vila do Conde, esse sistema contará com a Estação de Transbordo de Carga em Miritituba (ETC no município de Itaituba) e uma frota de barcaças e empurradores (comboios fluviais) em construção em estaleiros da região. A construção da estação e a fabricação da frota também deverão ser apoiadas pelo BNDES.

O empréstimo-ponte que está sendo concedido à Hidrovias do Brasil Vila do Conde está relacionado ao financiamento de longo prazo, na modalidade de project finance, também para as demais empresas do projeto “Grãos Norte”.

Fonte: BNDES

BNDES aprova R$ 592,1 mi para quatro projetos inovadores do setor sucroenergético

18/12/2014

• Recursos viabilizarão a quarta planta de etanol celulósico do País e incluem os primeiros projetos aprovados do PAISS Agrícola e do Inova Sustentabilidade

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos a quatro projetos do setor sucroenergético, no valor total de R$ 592,1 milhões. A maior operação será com a Abengoa Bioenergia Agroindústria S.A., que receberá R$ 309,6 milhões para implantar planta de etanol de segunda geração (2G).

Será a quarta planta de etanol 2G do Brasil e terá a capacidade nominal de 64 milhões de litros por safra. A unidade será construída de forma integrada ao processo tradicional de produção de etanol, na Usina São Luiz, em Pirassununga, São Paulo. Com mais este investimento, a capacidade instalada de produção de etanol 2G no Brasil atingirá quase 200 milhões de litros por safra.

PAISS Agrícola –
Foram aprovados os dois primeiros projetos no âmbito do PAISS Agrícola.  A primeira operação aprovada foi a da Biovertis Produção Agrícola Ltda., de Barra de São Miguel, Alagoas, que receberá R$ 139,3 milhões. Os recursos serão destinados à realização de investimentos no estabelecimento de um sistema de manejo adequado para cana-energia, que é um tipo de cana-de-açúcar com alta produtividade e maior concentração de biomassa.

O projeto vai desenvolver diferentes técnicas de manejo de alta performance para várias atividades, dentre as quais estão preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita e transporte.

A segunda aprovação do PAISS Agrícola é da Raizen Energia S.A., no valor de R$ 4,5 milhões, cujo objetivo é viabilizar em larga escala técnicas mais ágeis e eficientes de propagação de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar. Com a nova técnica, espera-se reduzir significativamente os custos de plantio, além de aumentar a qualidade da germinação da lavoura de cana, contribuindo para incrementar a produtividade agrícola do setor.

Inova Sustentabilidade – o setor sucroenergético foi responsável pela primeira aprovação do BNDES no âmbito do Inova Sustentabilidade, programa em conjunto com Finep que busca, dentre outros objetivos, apoiar o desenvolvimento tecnológico e a difusão de produtos e processos que promovam a produção sustentável.

A operação aprovada pela diretoria do BNDES é da Cerradinho Bioenergia S.A., que terá financiamento de R$ 138,8 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) relacionados à implantação de sistema de limpeza a seco de cana-de-açúcar e à implantação de sistema de recepção e separação de fardos de palha de braquiária e de cana-de-açúcar na unidade industrial de Chapadão do Céu, Goiás.

Com os recursos, a Cerradinho também investirá na compra de máquinas e equipamentos nacionais. Eles serão usados na recepção e separação dos fardos de palha de braquiária e da cana. O projeto também abarca investimentos que devem elevar de 70MW para 160 MW a capacidade de cogeração de energia elétrica da usina. Também será adquirido um sistema de limpeza a seco da cana-de-açúcar na fábrica de Chapadão do Céu.

Fonte: BNDES

BNDES é premiado pelo fomento ao setor de design

05/12/2014

• Em um ano de vigência, BNDES Prodesign aprovou R$ 191 milhões. Custo baixo da linha reflete prioridade dada pelo Banco aos ativos intangíveis

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu a Medalha do Mérito ABIT 2014, concedida pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), em reconhecimento pelo trabalho de fomento do design brasileiro. O Banco foi representado na cerimônia, na noite desta quinta-feira, 4, em São Paulo, pelo presidente Luciano Coutinho, que destacou a relevância do setor para a criação do emprego formal e o seu potencial de crescimento por meio de investimentos em inovação.

Este é o segundo prêmio que o BNDES recebe esta semana pelo fomento ao design: na segunda, 1º, o Banco foi vencedor da categoria Instituição de Apoio ao Design, no 4º Brasil Design Award (BDA 2014), oferecido pela Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedsign) e pelo Centro Brasil de Design.

Na premiação da Abit, o Banco foi vencedor da categoria Instituições Públicas, em razão de sua contribuição para o desenvolvimento do design de moda, por meio de suas linhas de financiamento a investimentos, sobretudo o Programa BNDES de Apoio a Investimentos em Design, Moda e Fortalecimento de Marcas (BNDES Prodesign) e o Cartão BNDES.

Programa – Lançado em outubro de 2013, o BNDES Prodesign completou seu primeiro ano de vigência com a aprovação de projetos de nove empresas que, juntas, receberão financiamento de cerca de R$ 191 milhões. Atualmente, encontram-se em análise projetos de mais cinco empresas, cujos investimentos em design somam R$ 218 milhões.

Com dotação orçamentária de R$ 500 milhões e prazo de vigência até 31 de dezembro do ano que vem, o programa tem um dos mais baixos custos de crédito do Banco, refletindo a importância dada pela instituição ao investimento em ativos intangíveis, como o design.

Empreendimentos – O programa pode apoiar investimentos em desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas em projetos de investimentos das seguintes cadeias produtivas: têxtil e de confecções, calçadista, moveleira, de higiene pessoal, de perfumaria e cosméticos, de utilidades domésticas, de brinquedos, de metais sanitários, de joias, relojoeira, de embalagens, de eletrodomésticos e de revestimentos cerâmicos.

Entre os itens que podem ser adquiridos com o financiamento do BNDES Prodesign estão as despesas relacionadas a pesquisa, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, embalagens, desenho industrial e design de moda, associados a ergonomia, concepção, conforto e estilo; aquisição de softwares desenvolvidos no país; despesas com treinamento, participação em feiras e eventos, no Brasil ou no exterior, e capacitações gerencial, técnica e de apoio operacional; estudos,
consultorias e projetos de certificação e registros no INPI, entre outros itens.

Além do Prodesign, o Banco pode apoiar investimentos em design por meio do Cartão BNDES, para micro, pequenas e médias empresas, e do BNDES Automático.

Fonte: BNDES